Eu venerava a nossa teologia e pretendia, como qualquer um, ganhar o céu;
porém, tendo aprendido, como algo muito certo, que o seu caminho não está
menos franqueado aos mais ignorantes do que aos mais sábios e que as
verdades reveladas que para lá conduzem estão além de nossa inteligência,
não me atreveria a submetê-las à debilidade de meus raciocínios, e pensava
que, para empreender sua análise e obter êxito, era preciso receber alguma
extraordinária assistência do céu e ser mais do que homem.” (DESCARTES, R.
Os pensadores. In: “Discurso do método”. São Paulo: Abril Cultural, 1973.)
[grifos nossos]
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